15.1.09

O Gol como Mecanismo Coletivo de Sublimação (Parte I)

Para o jovem macho que é das antigas, certamente, um dos programas televisivos que causam maior nostalgia é “Os Gols do Fantástico”. Nas noites de Domingo, era o momento mais aguardado pelos fãs de futebol. E, não se considerava este dia da semana encerrado, antes de assistir a este lendário programinha.

Por um bom um tempo, Os Gols do Fantástico eram transmitidos, como o próprio nome indica, durante o “Fantástico” da TV Globo. Não como hoje, picado em intervalos, mas numa tacada só. Uma sequência de dezenas e dezenas de gols, dos grandes clássicos nacionais e internacionais, às peladas locais, como Brasil de Pelotas x Inter de Santa Maria, Desportiva Ferroviária x Rio Branco, ou Galícia x Fluminense de Feira .

Depois, o programa passou a ser apresentado em separado, logo após o Fantástico. Sempre com a indefectível narração de Léo Batista e a falsa sonoplastia da galera vibrando a cada gol marcado.

Houve também um outro programa muito bom na TV Bandeirantes chamado “Gol, O Grande Momento do Futebol”. Narrado por Alexandre Santos, não passava os gols da semana, como Os Gols do Fantástico, mas exibia um enorme acervo de gols de todas as épocas, e era transmitido de forma temática. Geralmente, em homenagem a um jogador ou a um grande clássico, como se fazia, na Era Paleozóica, nos especiais do Canal 100.

De Pelé a Ronaldo, passando por Vavá, Didi, Rivellino, Garrincha, Dadá Maravilha, Ademir da Guia, Dirceu Lopes, Falcão, Jorge Mendonça, Roberto Dinamite, Nunes, Serginho Chulapa, Careca, Bebeto, e muitos e muitos outros artilheiros e craques foram homenageados nestes programas, com gols antológicos, guardados na memória dos amantes de futebol e relembrados com emoção a cada vez que se reassiste, ou que são recontados nos bares e botequins pelo Brasil afora.

(continua...)

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