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7.10.14
14.8.09
Era um vez um homem que encontrou uma chave perdida em suas entranhas
Um espírito me tomou na última terça-feira. Ando tendo vertigens. E aquele tique nas pernas ao sentar. Como se fosse um telegrafista maneta... Tenho visões do futuro. Estalo os dedos. Canto. Assobio. Falo sozinho. Palavrões. Muitos palavrões. E fico saltitando. Elétrico e inalcançável. Como os grandes: Sugar Ray, Ali, De La Hoya...
A minhão visão embaça e desembaça a cada vinte segundos. Rio das minhas próprias frases. E as lágrimas me correm com frequência. Uma comoção tremenda de não sei o quê... Mas é bom! Riso e choro ao mesmo tempo.
Me olho no espelho. Vejo um chimpanzé. Um poeta. Um bandeirante. Acho que nunca tinha realmente me visto no espelho antes. Deixei de ser vampiro. Agora sou o Sol. E o meu dia amanhece. Cada minúscula fresta recebe a minha luz. E vou desvirginando, enfim, a minha América particular.
Sou pedra, pássaro e riacho. Eu sou o som e a ausência. Bile e sinapse. Meus dedos apontam para o alto, meus olhos alimentam-se de indolência e velocidade, e o meu coração faz tremer toda a terra.
A minhão visão embaça e desembaça a cada vinte segundos. Rio das minhas próprias frases. E as lágrimas me correm com frequência. Uma comoção tremenda de não sei o quê... Mas é bom! Riso e choro ao mesmo tempo.
Me olho no espelho. Vejo um chimpanzé. Um poeta. Um bandeirante. Acho que nunca tinha realmente me visto no espelho antes. Deixei de ser vampiro. Agora sou o Sol. E o meu dia amanhece. Cada minúscula fresta recebe a minha luz. E vou desvirginando, enfim, a minha América particular.
Sou pedra, pássaro e riacho. Eu sou o som e a ausência. Bile e sinapse. Meus dedos apontam para o alto, meus olhos alimentam-se de indolência e velocidade, e o meu coração faz tremer toda a terra.
2.7.09
Gregor & The Millenium Bugs
Eu besouro,
Tu vespas,
Ele barata,
Nós formigamos,
Vós borboletais,
Eles moscam.
Tu vespas,
Ele barata,
Nós formigamos,
Vós borboletais,
Eles moscam.
15.2.08
15.9.06
Mais do mesmo
Conversávamos eu e o Carcamano sobre um curta que ele tinha assistido, Glaubirinto, com diversos depoimentos sobre pessoas que conviveram com Glauber Rocha. Lá pelas tantas, ele me descreve o [anti] depoimento comovido [e comovente] de Jards Macalé. Então surgiu o microdiálogo que segue [da maneira como eu me lembro dele]:
Ogro: "Parece que existem pessoas que vivem mais do que a gente. Não no sentido de tempo cronológico, mas de quantidade de vida mesmo. Como se elas pudessem viver mais de uma vida ao mesmo tempo. Como se elas fossem pessoas multiplicadas... É como eu vejo o Glauber... Ele era capaz de ser vários ao mesmo tempo. Enquanto que pessoas como nós só conseguem ser uma pessoa por vez. A nossa mutliplicidade nos seria insuportável."
Carcamano: "Porra, Mendel, assim você acaba comigo!"
Ele sorriu, tomou o seu último gole de Almadén e então mudamos de assunto...
Ogro: "Parece que existem pessoas que vivem mais do que a gente. Não no sentido de tempo cronológico, mas de quantidade de vida mesmo. Como se elas pudessem viver mais de uma vida ao mesmo tempo. Como se elas fossem pessoas multiplicadas... É como eu vejo o Glauber... Ele era capaz de ser vários ao mesmo tempo. Enquanto que pessoas como nós só conseguem ser uma pessoa por vez. A nossa mutliplicidade nos seria insuportável."
Carcamano: "Porra, Mendel, assim você acaba comigo!"
Ele sorriu, tomou o seu último gole de Almadén e então mudamos de assunto...
12.9.06
A Coisa coisando por aí...
A coisa numa formiga por entre nossos dedos. A coisa numa euforia infantil ao ver o sonzinho comprado. A coisa plantando bananeira. A coisa genialmente coisa em Space Oddity. A coisa nas conversas à luz de velas no quartinho punk. A coisa com Ed cantando Adoniran. A coisa nos deliciosos bifes do Cloquet. A coisa em Dona Binho levantando para fumar um cigarro e voltar a dormir logo em seguida. A coisa insuportavelmente coisa nos gritos de Gal em Vapor Barato. A coisa nas incríveis histórias de uma mulher vitoriosa. A coisa nos animados brindes ao som de Yellow Submarine. A coisa no Tu do Eu. A coisa nos textos de Ms. Walmrath. A coisa num: "-Ahn?... Quê?... Colorado!?... Campeão!?". A coisa ao tomar café ouvindo a canção nº 4. A coisa na boca hipnótica. A coisa na vovó ao me confessar saudades. A coisa eternamente coisa na voz de Miltão. A coisa inimitavelmente coisa numa inimitável cara de Eldo. A coisa no silêncio para a canção saideira. A coisa na melancólica lucidez de Hank. A coisa no Mineirão. Leo Cohen coisando a coisa sem parar. A coisa no abraço fraternal de Rodrigão. A coisa na pontuação peculiar e nas ternas putas do Mirisola. A coisa no coração de Marião. A coisa sem meio termo. Por nome Elis. Por nome Morte. A coisa por nome Deus. Por nome Epifania. A coisa por nome Iluminação. Por nome Coisa. A coisa por nome Amor. A coisa por todos os nomes. A coisa sem nome.
P.S.: A Coisa foi descrita pela primeira vez como "A Coisa" por Neal Cassidy [vulgo, Dean Moriarty] ao presenciar um solo incandescente de Charlie Parker.
P.S.: A Coisa foi descrita pela primeira vez como "A Coisa" por Neal Cassidy [vulgo, Dean Moriarty] ao presenciar um solo incandescente de Charlie Parker.
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