8.1.09

Insônia

De uns meses pra cá a insônia me persegue. Chego em casa do trampo lá pelas 2 da madrugada. E fico horas para conseguir dormir. No início, também tinha dores de cabeça terríveis! Tentei uma Neosa. Não deu certo. Duas Neosas! Também não. Dorflex: nada feito.

Tive de ir à médica. Ela me mandou fazer uns exames: eletroencefalograma e tomografia. Nada de anormal. Então, passou um remédio. Amitriptilina. É um anti-depressivo, mas a Doutora disse que iria parar com a dor e me ajudar a dormir melhor. O comprimido é minúsculo, mas nas primeiras noites fui orientado a tomar somente meio antes de sair do trampo. As dores de cabeça sumiram. Mas a insônia ficou. Então passei a tomar um comprimido inteiro por vez, conforme orientação da médica no retorno. Ajudou por alguns dias, mas depois ela voltou. A insônia, digo.

Busquei também soluções alternativas: alguns me recomendaram chá de camomila, de erva-cidreira. Outros uma caneca de leite quente, um banho morno, técnicas de respiração profunda. Por enquanto, nada adiantou. A médica deixou comigo uma amostra grátis da Amitriptilina e mais uma outra receita, sem data, para eu poder adquirir mais 40 comprimidos. O remédio é de venda controlada e o atendente da farmácia, quando vê a receita, me olha esquisito, confere novamente pro papel, depois pega os meus dados (identidade e endereço), bate um carimbo, anota um número qualquer de controle e retém a receita.

Ao botar o comprimido na boca, dá pra sentir que ele é potente. Tem um gosto forte... Em casa, tomo um gole d'água e vou para o meu quarto. Apago a luz, me deito, fecho os olhos e espero... E espero, e espero, e espero, e espero, e espero, e espero... Depois de já ter revirado na cama umas trinta vezes, abro os olhos e fico olhando para o contornos do plafon no centro do teto com a fraquíssima luz que vem de fora da janela, por entre as frestas da persiana...

Tem dias que eu durmo rápido. Mas bem antes de o Sol despontar já acordo e não consigo mais dormir. Daí me levanto e vou ler uma revista, navegar na Internet, ou até mesmo lavar a louça que deixei do dia anterior. Ainda bem que os primeiros cantos de passarinhos ao amanhecer já não me deprimem mais como antigamente.

E se acontece de eu acordar mais cedo, quando chega a tarde e a noite, já no trabalho, vem a maior soneira. Mas ao chegar em casa e me deitar na cama, o sono simplesmente some!

Acho que não é uma boa coisa usar remédios de forma continuada. Mas, de repente, vou ter de voltar à médica. E ela certamente vai me passar mais alguma receita. Com o mesmo remédio ou com outro. Não tenho saco para viver dopado. Nem talento para ser hipocondríaco. E não estou achando essa história de insônia nada legal.

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