29.1.09

When the ship comes in (com tradução minha)

Rufus,

cá estou novamente impressionado com a genialidade desse tal Bob...

Vocês devem se lembrar de uma pequena história que a Joan Baez conta no No Direction Home. Quando eles chegaram num hotel na Europa, ela já uma cantora famosa e ele ainda um jovem desconhecido. O tal hotel recusou hospedagem a Dylan, pois ele não tinha feito reserva.

Segundo Joan, uma das coisas mais formidáveis em Bob, é a de criar canções grandiosas a partir de eventos banais, como este. Nesse dia, com uma "fúria criativa", ele compôs When the ship comes in. Fiquei de traduzi-la pra conferir, mas somente ontem o fiz. E é, incrivelmente bacana! Obviamente, que o navio que irá chegar é, nada mais, nada menos, do que ele próprio...

Procurei umas traduções na Rede, mas eram todas péssimas! Então, resolvi eu mesmo traduzir. Tomei umas liberdades, e tentei dar à letra um certo tom de Cântico Profético, que eu imagino foi o tom que ele quis dar a canção. Então lá vai...


When the ship comes in
Quando o Navio chegar


Oh the time will come up
Oh, chegará o tempo

When the winds will stop
Em que os ventos cessarão

And the breeze will cease to be breathin'.
E a brisa não mais irá soprar.

Like the stillness in the wind
Como a imobilidade dos ares

'Fore the hurricane begins,
que precede os furacões,

The hour when the ship comes in.
A hora da chegada do Navio.



Oh the seas will split
Oh, os mares se dividirão

And the ship will hit
E a Nave baterá

And the sands on the shoreline will be shaking.
E as areias da costa serão estremecidas.

Then the tide will sound
Então a onda ecoará

And the wind will pound
E o Vento chicoteará

And the morning will be breaking.
E a manhã estará chegando ao fim.



Oh the fishes will laugh
Oh, os peixes regozijar-se-ão

As they swim out of the path
Enquanto nadam abrindo caminho

And the seagulls they'll be smiling.
E as gaivtoas, elas estarão a sorrir.

And the rocks on the sand
E as pedras na areia

Will proudly stand,
Ficarão orgulhosamente de pé,

The hour that the ship comes in.
Na hora em que o Navio chegar.



And the words that are used
E as palavras que serão usadas,

For to get the ship confused
Para o Navio confundir

Will not be understood as they're spoken.
Não serão entendidas enquanto estiverem sendo proferidas.

For the chains of the sea
Pois as correntes que prendiam o Navio junto ao mar

Will have busted in the night
Terão se quebrado à noite

And will be buried at the bottom of the ocean.
E repousarão no fundo do oceano.



A song will lift
Uma canção se elevará

As the mainsail shifts
Enquanto as velas mudarem de direção

And the boat drifts on to the shoreline.
E o barco deslizar por sobre a costa.

And the sun will respect
E o Sol reverenciará

Every face on the deck,
Cada rosto no convés,

The hour that the ship comes in.
A hora em que o Navio chegar.


Then the sands will roll
Então as areias darão lugar

Out a carpet of gold
A um tapete de ouro.

For your weary toes to be a-touchin'.
Para seus dedões cansados poderem pisar.

And the ship's wise men
E os sábios do Navio

Will remind you once again
Lembrar-vos-ão mais uma vez

That the whole wide world is watchin'.
Que todo o Mundo está a vos vigiar.



Oh the foes will rise
Oh, os inimigos despertarão

With the sleep still in their eyes
Como o sono ainda em seus olhos

And they'll jerk from their beds and think they're dreamin'.
E pularão de suas camas e pensarão que estão sonhando.

But they'll pinch themselves and squeal
Mas logo irão se beliscar e gritar

And know that it's for real,
E saberão que aquilo é real,

The hour when the ship comes in.
A hora da vinda do Navio.



Then they'll raise their hands,
Então erguerão as suas mãos,

Sayin' we'll meet all your demands,
Dizendo atendemos todas as suas vontades,

But we'll shout from the bow your days are numbered!
Mas nós bradaremos da proa: seus dias estão contados!

And like Pharaoh's tribe,
E como a tribo do Faraó,

They'll be drownded in the tide,
Eles se afogarão em uma onda,

And like Goliath, they'll be conquered.
E como Golias, eles serão conquistados

28.1.09

Obama: começo promissor, mas...

O fechamento da vergonhosa prisão para presos políticos em Guantánamo é um indicativo positivo da distinção de abordagem para a Política Externa que o novo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, promete adotar em relação ao Governo de seu predecessor na Casa Branca, o famigerado George W. Bush. Mas é prudente não se entusiasmar em demasia. Ainda é cedo para vislumbrar os rumos das decisões americanas neste campo.

A situação de cada um dos 245 detentos de Guantánamo sofrerá um “reexame rápido e meticuloso”, segundo o decreto divulgado por Obama no último dia 21. Há presos de níveis mais ou menos perigosos, 14 deles com processo judicial já iniciado pela Justiça Americana. As comissões militares indicadas para julgar estes encarcerados foram extintas. E ainda não está decidido a quem caberá avaliar e encaminhar os casos. Novos “meios jurídicos” estão sendo estudados, segundo reportou o diário francês Le Monde.

Há também o caso da prisão de Bagram, no Afeganistão. Encravada em local que os EUA consideram “campo de batalha”, os 630 prisioneiros têm seus direitos fundamentais insistentemente violados. 4 deles conseguiram solicitar à um Juiz Federal a possibilidade de obterem os mesmos direitos dos presos de Guantánamo, qual seja, a de contestar sua detenção diante da justiça civil. Mas como o Novo Governo já havia previamente definido a região do Afeganistão/Paquistão como foco dos seus esforços militares, não se deve aguardar grandes demonstrações de “simpatia” por parte do Governo Obama para com estes detentos.

A comunidade internacional deve estar vigilante e continuar ou aumentar as pressões para que não se permita que o centro de detenção em Bagram transforme-se em um novo Abu-Graib.. E cobrar de Obama, Hillary e cia. a adoção de medidas semelhantes às que foram recentemente definidas para Guantánamo, aliado a subsequentes progressos em matéria de respeito à Convenção de Genebra e outros acordos internacionais de mesmo cunho humanista, tão em baixa nos recentes movimentos político-militares internacionais.

Um tratamento digno para todos os seus detentos, seja qual for a sua origem, as suas acusações, ou o local onde estejam instalados, é o mínimo que se espera da postura política de um País que se auto-intitula fundador e, em tempos idos, podia se orgulhar de ser considerado o supremo dignatário da consciência democrática universal.

24.1.09

Hijos de la Putana

Infelizmente, já virou moda. Brasileiros ao desembarcarem na Espanha são barrados e humilhados pelas autoridades locais. A vítima da vez foi o cantor, violonista e compositor carioca Guinga, de reconhecimento internacional. Segundo nota divulgada nesta semana na Revista Istoé, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Madri, ele teve os seus pertences roubados na esteira do detector de metais.

Guinga tentou fazer uma queixa, mas a Polícia espanhola não quis registrar a ocorrência. Com isso, o brasileiro se exaltou, elevando o tom de voz com os gambés. A resposta foi singela: um soco na boca dado por um brucutu fardado que lhe arrancou dois dentes. E a história ficou por isso mesmo. O Itamaraty diz ter enviado um fax, ou email, sei lá, com uma "solicitação de esclarecimentos" ao Ministério das Relações Exteriores da Espanha. Nada além disso.

Enquanto isso, brasileiros e brasileiras continuam a sua sina pelos aeroportos daquele país. Há semanas atrás um grupo de voluntárias católicas foi barrado no mesmo Aeroporto de Madri. Segundo as autoridades responsáveis, elas não haviam apresentado toda a documentação necessária para permanecer na Espanha. O detalhe é que elas estavam fazendo escala e o destino final era a Alemanha. E, segundo informações dadas pela própria Igreja germânica, as freiras realmente estavam sendo aguardadas. Mas, ainda assim, os gentis servidores da força policial madrilenha negaram a sua "entrada" e elas tiveram que aguardar horas para serem liberadas para retornar ao Brasil. Segundo o relato de uma delas, o tratamento dado aos brasileiros em geral é profundamente mal-educado. E os policiais, por vezes, chegam a zombar dos nossos conterrâneos, dizendo, às gargalhadas, que brasileiros só entram na Espanha no dia em que o seu Chefe está de bom humor.

O Governo brasileiro pouco se importou até o momento. E me parece que não está muito disposto a tomar medidas mais drásticas. O que deixa a gente mais irritado, pra não dizer revoltado, é que essa passividade toda é muito, mas muito, provavelmente, devido ao receio que o Governo Federal tem de criar problemas com os grandes conglomerados e empresas espanholas que "investem" no país, como o Banco Santander, a Telefonica e a Repsol, para o qual os nossos caríssimos políticos sempre abanam o rabo, ao vislumbrar as suas burras recheadas de euros. Segundo a Agência EFE, a Espanha é o segundo país que mais investe no Brasil, atrás apenas dos EUA (Dados de 2007).

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21.1.09

O Gol Como Mecanismo Coletivo de Sublimação (Parte III)

Sendo o esporte em geral, e o futebol em particular, um quadro especular tanto dos instintos masculinos, quanto do poder da associatividade e cooperação humana, não é de se estranhar que o futebol seja usado, na sua curta, mas marcante, tradição, como analogia (e como metáfora) para análises e digressões nas mais diversas áreas do Conhecimento. E vice-versa. A multidisciplinaridade já está presente no calccio há décadas, e o desenvolvimento do esporte, dentro e fora dos gramados, está instrinsecamente ligado a essa influência recíproca.

Mas apesar da utilização dos mais modernos recursos na preparação física, das evoluções táticas, do apoio psicológico aos atletas, do uso da tecnologia e da Estatítica em busca da minimização de erros e do melhor rendimento individual, da crescente profissionalização da estrutura administrativa dos clubes e das fabulosas quantias envolvidas no chamado “Mercado da Bola”, o futebol ainda é uma instituição pouco estudada e mais sujeita à caracterização folclórica do que a historicidade formal. Tal qual a Trindade Suprema para os cristãos, ele exerce um poder extraordinário sobre os seus “fiéis”, mas ainda não houve quem tenha sido capaz de encontrar razões bastantes para explicar este fenômeno.

Faço, aqui e agora, uma audaz tentativa de iluminar parte desse mistério. Uma ligação inusitada, uma reflexão que me veio de um aforismo impertinente do grande Dadá Maravilha, o Rei Dadá, como gosta de ser chamado, e que atuou por mais de uma dezena e clubes pelo Brasil, sempre com o “instinto matador” que o consagrou com um dos maiores goleadores da história do futebol mundial. E a Sua Majestade assim falou:

“O gol é o orgasmo do futebol.”


A princípio, mais uma graça, mais uma das frases de efeito, que proclamou, com folclórica irreverência, ao longo de sua carreira. Eu já conhecia esta pérola há vários anos. Mas, de repente, ao ouvi-la novamente há meses atrás me caiu a ficha: “Uai, faz todo o sentido!...” A união sexo e futebol nunca me pareceu tão límpida e óbvia!

O que é o Gol se não o penetrar de uma bola por um determinado retângulo entre as traves e a faixa de cal no gramado? Tomando a bola, e a sua trajetória, como extensão do movimento e, do próprio corpo do atleta, em última instância é ele, atleta, homem, quem adentra aquele espaço. Este é o seu ímpeto primordial: “entrar com bola e tudo!”. O desejo do goleador é tão obsessivo e insaciável que o seu deleite completo é o avanço triunfante e avassalador de seu próprio corpo por sobre a meta escancarada.

O gol é, portanto, a penetração metafórica de um corpo sobre outro. O enfrentamento e a vitória sobre o opositor que sucumbe à sedução do drible e à magia atordoante da troca de passes. O time adversário é o Superego encarnado: símbolo de todas as justificativas, de todos os subterfúgios, de todos os mecanismos de defesa que se erguem para a obstrução do gozo e da completa realização do indivíduo. Aquele que empurra a bola para o fundo das redes é o Ser que deu forma à satisfação fundamental: ele é o Homem Realizado.


Natural, então, é que todo aquele que, por uma razão ou por outra, não é capaz de satisfazer completamente aos chamados de sua libido, encontre naquele ser, O Goleador, a projeção de realização dos seus desejos não conclusos. E como não são poucos os frustrados, logo forma-se a multidão desejosa. Milhões se desesperam pela conclusão do ato. Tamanha é a sua necessidade que, se possível, entrariam em campo eles próprios e o fariam. Mas como esta possibilidade é remotíssima, depositam a sua esperança num pé salvador, num atleta-representante de todo aquele que se encontra em ânsia de gozo absoluto. Quem faz o gol não é o atleta, não é o time, não é o clube, é a torcida, é cada um presente nas arquibancadas e cadeiras. Cada um se sente como se aquele gol fosse seu. Cada um torna-se um ser que vence o Mundo. Que naquele instante, atinge a felicidade completa. O gol, torna-se, enfim, mecanismo coletivo de sublimação.

E quanto mais complexa e bela é a sua arquitetura, quanto mais apuro e dificuldade técnica de execução esta obra exigir, tanto maior será a satisfação de sua complitude, tanto para quem a faz, quanto para quem a assiste. Não sendo raros os casos em que, mesmo os adversários, atores coadjuvantes daquele contra-ato espetacular, lhe reverenciam por ter realizado tão magnífico feito.

E tanto maior será este goleador, esta “extensão de mim” glorificada, quanto mais gols, por fim, converter. E, na contramão, execrado à mínima falha na consecução de seu ofício. O artilheiro é a Projeção do sucesso de cada um. Não admite falhas. Ele é o baluarte da saciedade reprodutora sublimada. Um semi-deus investido em sua tribo (em seu time), para glorificar o seu nome e manter os seus co-irmãos na forma de gols (gozos) e consequentes triunfos e conquistas, que inscreverão a sua linhagem com augusta magnificência pelos séculos dos séculos.

20.1.09

By Latuff


16.1.09

O Gol como Mecanismo Coletivo de Sublimação (Parte II)

Diante do alvoroço causado pelo gol, da imediata transformação da angústia em êxtase propiciada por ele, muitas pessoas têm se perguntado por que o futebol, um esporte com próposito tão fútil (passar uma bola por um retângulo vazado) é capaz de causar tanta comoção nos mais diversos cantos do Mundo, nas mais diversas classes sociais e econômicas, e de mover paixões tão ou mais profundas quanto os áureos períodos do Romantismo, levando o indivíduo a acreditar piamente em como o poder da coletividade é capaz de criar momentos e conceitos de beleza sublimes e arrebatadores, mas também, em não raras oportunidades, de o levar a arroubos estarrecedores de violência e morte.



Há tempos atrás, li um artigo de um estudioso inglês no suplemento Mais da Folha de S. Paulo que, infelizmente, perdi. Tratava da relação da prática do futebol e dos seus fundamentos, com as práticas e fundamentos das guerras. Basicamente estabelecia uma relação entre a formação das equipes e torcidas do football com os conceitos primordiais de identidade tribal.

Essa identidade, fundada na exclusão (muitas das tradicionais equipes européias e sul-americanas foram criadas sob égides aristocráticas ou de conotações racistas e etnocêntricas), se assemelhava à formas de organização dos grupos guerreiros defensores de tribos, extendendo-se, posteriormente, e de forma análoga, à complexidade dos exércitos e batalhões de formação nacionais.

A conformidade de batalha campal, onde dois teams opostos tentavam carregar um objeto até o outro lado do “território inimigo”, a utilização de cores e uniformes para associação, tal qual faziam os primeiros guerreiros, que se pintavam para ser imediata e honrosamente identificados com a sua tribo. E ainda, com a introdução de escudos, bandeiras, hinos, cânticos e gritos de guerra pelos clubes e torcidas, tudo remetendo à constituição revolucionária das nações européias, como se dera a séculos passados, são sinais de como essa ligação entre futebol e guerra é bem-sacada.



O cerne da questão aqui é que o homem moderno, cidadão, operário ou trabalhador dos escritórios, contribuinte de impostos, e sujeito às leis e imposições da sociedade, foi privado, para o bem desta, da manifestação de sua natureza irascível e beligerante. Na dita Sociedade Moderna e Iluminada (pré-Guerra Mundial) não caberia mais a brutalidade e selvageria das batalhas entre homens, do sofrimento e do derramamento de sangue de inocentes. Desta forma, toda a energia bélica inerente à índole masculina teve de ser represada e canalizada para algum outro meio menos hostil e danoso. E não houve outro mais propício à aceitação e difusão pelo homem comum do que o Esporte.


Ao mesmo tempo, no florescimento do futebol, em fins do séxulo XIX, legiões de trabalhadores das indústrias e minas de carvão inglesas, identificaram rapidamente nesta prática esportiva uma rara possibilidade de entretenimento, pois, naquela época, isso lhes era praticamente vedado. E para se praticá-lo pouco se exigia além de uma simples bola e um bom espaço aberto. À revelia da aristocracia, com seus clubes exclusivos, o esporte se difundiu por seu baixo custo, e por não exigir dos seus praticantes uma compleição física determinada e exuberante. Não era necessário ser muito alto, nem muito forte. Tampouco, o mais veloz. Bastava apenas a habilidade para driblar os adversários e alcançar a meta (Goal). E, guardadas as devidas proporções, assim é até os dias de hoje. O futebol é atividade democrática por excelência. E esta é uma das razões para a sua enorme popularidade nos quatros cantos da Terra.

(continua...)

15.1.09

O Gol como Mecanismo Coletivo de Sublimação (Parte I)

Para o jovem macho que é das antigas, certamente, um dos programas televisivos que causam maior nostalgia é “Os Gols do Fantástico”. Nas noites de Domingo, era o momento mais aguardado pelos fãs de futebol. E, não se considerava este dia da semana encerrado, antes de assistir a este lendário programinha.

Por um bom um tempo, Os Gols do Fantástico eram transmitidos, como o próprio nome indica, durante o “Fantástico” da TV Globo. Não como hoje, picado em intervalos, mas numa tacada só. Uma sequência de dezenas e dezenas de gols, dos grandes clássicos nacionais e internacionais, às peladas locais, como Brasil de Pelotas x Inter de Santa Maria, Desportiva Ferroviária x Rio Branco, ou Galícia x Fluminense de Feira .

Depois, o programa passou a ser apresentado em separado, logo após o Fantástico. Sempre com a indefectível narração de Léo Batista e a falsa sonoplastia da galera vibrando a cada gol marcado.

Houve também um outro programa muito bom na TV Bandeirantes chamado “Gol, O Grande Momento do Futebol”. Narrado por Alexandre Santos, não passava os gols da semana, como Os Gols do Fantástico, mas exibia um enorme acervo de gols de todas as épocas, e era transmitido de forma temática. Geralmente, em homenagem a um jogador ou a um grande clássico, como se fazia, na Era Paleozóica, nos especiais do Canal 100.

De Pelé a Ronaldo, passando por Vavá, Didi, Rivellino, Garrincha, Dadá Maravilha, Ademir da Guia, Dirceu Lopes, Falcão, Jorge Mendonça, Roberto Dinamite, Nunes, Serginho Chulapa, Careca, Bebeto, e muitos e muitos outros artilheiros e craques foram homenageados nestes programas, com gols antológicos, guardados na memória dos amantes de futebol e relembrados com emoção a cada vez que se reassiste, ou que são recontados nos bares e botequins pelo Brasil afora.

(continua...)

14.1.09

Fast Food

Todas as pessoas de bem concordam que o Big Mac é uma merda. Mas alguém aí já provou o Big Tasty? Rapaz, eu gostei, viu! Comparado com as tranqueiras que o Mc Donald's serve, esse sanduíche é um achado! Os ingredientes são esses: pão com gergelim, hamburguer, queijo ementhal, tomate, alface, cebola e molho especial. O tamanho é praticamente o dobro do de outros sanduíches da rede, e o ementhal dá um sabor todo especial à "refeição".

De início, até pensei que fosse um hamburguer de picanha, ou com algum tempero especial, mas depois provei um pedacinho da "carne" em separado e vi que estava com aquele mesmo gosto de esponja de sempre. Daí percebi que o segredo era o queijo...

Aliás, eles podem dizer o que for, mas aquele hamburguer não é "100% de carne bovina" nem que a vaca tussa, e, nesse caso, eu também não comeria, haha! Compare a diferença de sabor entre um hamburguer do Eddie e um do McDonald's, por exemplo. É enorme! Aliás, em geral, todos os "Mac's" são difíceis de engolir. Quem já experimentou um Trimano's, lá em Montes Claros, um Little Italy do Eddie, ou um dos gigantescos e deliciosos sanduíches da Bella Paulista em São Paulo, sabe do que eu estou falando.

Mas então o que me levou a ir comer no McDonald's, se eu, definitivamente, não via graça no que eles ofereciam? Bem, basicamente, foi a pressa, aliada à falta de mais opções... Saí de casa um dia sem almoçar. E, como no horário em que eu chego no Centro para trabalhar (lá pelas quatro e meia da tarde), todos os restaurantes já fecharam, tinha que ser uma comida rápida qualquer. Então, pelo pouco tempo de que dispunha, e pela fome, resolvi pegar um sandubão "pra dar mais sustança". Entrei no McDonald's e pedi o maior que vi, o Big Tasty. E qual não foi a minha surpresa ao perceber que aquele trem era gostoso!


Eu, particularmente, não tenho nada contra a empresa. Apesar de não ser nenhum alienado, não vejo porque atacá-la, como já virou praxe pelo mundo afora. Acho que isso é coisa de colegial/universitário pseudo-revolucionário maniqueísta e mal-informado. Eu só achava mesmo os sanduíches muito ruins. Então, não frequentava. Mas como toda regra tem exceção, acabei entrando para o time dos "inocentes" que comem aquela porcaria.

13.1.09

O Doutor e o Inseto

Sexta-feira. Eu estava lavando o meu rosto na pia do banheiro, quando senti um leve roçar por entre os dedos do meu pé esquerdo. Em meio segundo conclui que aquilo só poderia ser uma barata trançando sobre o tapete. Nesse instante, dei um passo rápido para trás. Esse movimento certamente a assustou porque quando dobrei os joelhos para ver aonde a danada estava, não a encontrei. Passei a vista, então, por todo o banheiro. Dei outro passo para trás, uma olhada mais minuciosa e nada. Acendi a luz do quarto ao lado: niente... Quando, de repente, vi algo subindo pelo marco da porta. Pronto. Lá estava ela.

Logo fui buscar o inseticida no armarinho da área de serviço. Com a experiência adquirida em exterminar las cucarachas para a minha mãe e as minhas irmãs, sabia que ela provavelmente estaria no mesmo lugar quando eu voltasse. Assim foi. Posicionei então o aerosol a uns dois palmos da bicha e apertei o botão. É um método bastante eficiente. Obviamente que a espertinha tenta fugir, mas basta acompanhar a andança dela com o dedo colado no spray da lata. Em menos de 6 segundos ela desiste e cai, agitando desesperadamente as patas para cima. Daí vem o golpe final, com uma havaianada esmagadora. A gosma branca que sai de suas entranhas decreta o seu fim. Recolho a finada e jogo-a no lixo. Tá feito o "selviço"...

Mas o que eu queria, na verdade, era contar de um episódio que aconteceu com o Edmundo: estávamos um dia num boteco, que eu não me lembro qual é. Só sei que não era o Lua Nova, porque lembro de estarmos numa calçada ao ar livre.

Num determinado momento, reparei que, de uma mesa ao lado da nossa, veio caminhando sorrateiramente o inseto supra-citado. Não pude deixar de espiar o roteiro que ele fazia. E assim, ao ver que eu não estava prestando atenção na conversa, o Doutor voltou os olhos para trás e viu o que eu estava acompanhando. Imediatamente, ele torceu o corpo e catou a barata entre os seus dedos. Daí extendeu o braço na minha direção e ficou chacoalhando a barata a dois palmos da minha cara e dizendo "É com isso que você está preocupado? Isso é só um inseto, caralho! É só um inseto!" Juro que achei que o Doutor iria atirá-la em cima do meu nariz, ou então partí-la ao meio com os dentes. Mas ele apenas continuou segurando a coitada por alguns instantes, virando-a pra lá e pra cá, observando o casco marrom-escuro e as patas que se agitavam freneticamente, enquanto recitava os primeiros versos de "Bichos Escrotos". Acho que se pudéssemos ouvir a barata naquele instante, ela estaria vociferando: "Me larga, seu covarde! Vai procurar alguém do teu tamanho!". Após a "sessão titânica", o Ed, com cuidado quase solene, soltou a desesperada barata no chão novamente. Depois disso, continuou a prosear, a beber e a comer como se nada tivesse acontecido.

O que me ocorreu foi que, às vezes, o Edmundo costuma chupar os dedos depois de comer algum petisco gorduroso servido, já que ele não é muito afeito a estas "frescuras" de usar palito ou garfo em botecos. Não me lembro se ele chegou a fazer isto naquela noite. É bem provável que sim. Mas, ainda bem, a minha memória apagou esta parte da história...

Quanto à barata, a bichinha sumiu de vista da nossa mesa como um raio! Certamente, ela deve ter pensado sobre o Ed algo semelhante ao que eu pensei: "Que cara louco!"...

10.1.09

With God On Our Side (1963)
Com Deus do Nosso Lado


Letra e Música: Bob Dylan



Oh my name it is nothin' my age it means less
Oh, meu nome não importa, minha idade, menos ainda

The country I come from is called the Midwest
O país de onde eu vim se chama Meio Oeste,

I's taught and brought up there the laws to abide

Lá eu fui ensinado e criado para as leis obedecer

And that land that I live in has God on its side
E esta terra em que vivo tem
Deus do seu lado

Oh the history books tell it they tell it so well
Oh, os livros de história contam, eles contam tão bem


The cavalries charged the Indians fell

Os ataques da cavalaria e os índios que caíram

The cavalries charged the Indians died
Os ataques da cavalaria e os índios que morreram


Oh the country was young with God on its side
Oh, o país era jovem com Deus do seu lado



Oh the Spanish-American War had its day
Oh, A Guerra Espanhola-Americana teve seu dia


And the Civil War too was soon laid away
E a Guerra Civil também logo se foi


And the names of the heroes I's made to memorize
E os nomes dos heróis fui obrigado a memorizar

With guns in their hands and God on their side
Com armas em suas mãos e Deus do seu lado


Oh the First World War, boys, it came and it went
Oh, A Primeira Guerra Mundial, rapazes, veio e se foi

The reason for fighting I never got straight

A razão para lutar, eu nunca entendi

But I learned to accept it accept it with pride
Mas aprendi a aceitá-la e aceitá-la com orgulho

For you don't count the dead

Pois não se contam os mortos

When God's on your side
Quando Deus está do seu lado


The Second World War came to an end
A Segunda Guerra chegou a seu fim

We forgave the Germans and we were friends
Perdoamos os alemães e nos tornamos amigos


Though they murdered six million
Embora eles tenham matado seis milhões


In the ovens they fried
Nos fornos, eles fritaram,

The Germans now too have God on their side
Os alemães agora também têm Deus ao seu lado


I've learned to hate Russians
Fui ensinado a odiar os russos

All through my whole life
Por toda minha vida


If another war comes it's them we must fight
Se outra guerra começar, são eles que iremos enfrentar

To hate them and fear them to run and to hide
Para odiá-los e temê-los, para correr e se esconder,

And accept it all bravely with God on my side
E aceitar tudo bravamente, com Deus ao meu lado



But now we got weapons of the chemical dust
Mas agora temos armas de poeira química

If fire them we're forced to then fire them we must
Se obrigados a atirá-las, então atirá-las devemos


One push of the button and a shot the world wide
Um apertar de botão, e explode-se o mundo inteiro

And you never ask questions

E você nunca faz perguntas,

When God's on your side
Quando Deus está do seu lado


Trough many dark hour I've been thinkin' about this
Na hora da escuridão, ando pensando sobre isso:

That Jesus Christ was betrayed by a kiss
Que Jesus Cristo foi traído por um beijo


But I can't think for you, you'll have to decide
Mas não posso pensar por você, é você que precisa decidir:


Whether Judas Iscariot had God on his side

Se Judas Iscariotes tinha Deus do seu lado



So now as I'm leavin'
Então, estou indo agora,

I'm weary as Hell
(porque) estou cansado pra diabos.

The confusion I'm feelin' ain't no tongue can tell
A confusão que sinto, nenhuma língua conseguiria descrever


The words fill my head and fall to the floor
As palavras enchem minha cabeça e se derramam sobre o chão:

If God's on our side he'll stop the next war
Se Deus está do nosso lado, ele impedirá a próxima guerra







8.1.09

Insônia

De uns meses pra cá a insônia me persegue. Chego em casa do trampo lá pelas 2 da madrugada. E fico horas para conseguir dormir. No início, também tinha dores de cabeça terríveis! Tentei uma Neosa. Não deu certo. Duas Neosas! Também não. Dorflex: nada feito.

Tive de ir à médica. Ela me mandou fazer uns exames: eletroencefalograma e tomografia. Nada de anormal. Então, passou um remédio. Amitriptilina. É um anti-depressivo, mas a Doutora disse que iria parar com a dor e me ajudar a dormir melhor. O comprimido é minúsculo, mas nas primeiras noites fui orientado a tomar somente meio antes de sair do trampo. As dores de cabeça sumiram. Mas a insônia ficou. Então passei a tomar um comprimido inteiro por vez, conforme orientação da médica no retorno. Ajudou por alguns dias, mas depois ela voltou. A insônia, digo.

Busquei também soluções alternativas: alguns me recomendaram chá de camomila, de erva-cidreira. Outros uma caneca de leite quente, um banho morno, técnicas de respiração profunda. Por enquanto, nada adiantou. A médica deixou comigo uma amostra grátis da Amitriptilina e mais uma outra receita, sem data, para eu poder adquirir mais 40 comprimidos. O remédio é de venda controlada e o atendente da farmácia, quando vê a receita, me olha esquisito, confere novamente pro papel, depois pega os meus dados (identidade e endereço), bate um carimbo, anota um número qualquer de controle e retém a receita.

Ao botar o comprimido na boca, dá pra sentir que ele é potente. Tem um gosto forte... Em casa, tomo um gole d'água e vou para o meu quarto. Apago a luz, me deito, fecho os olhos e espero... E espero, e espero, e espero, e espero, e espero, e espero... Depois de já ter revirado na cama umas trinta vezes, abro os olhos e fico olhando para o contornos do plafon no centro do teto com a fraquíssima luz que vem de fora da janela, por entre as frestas da persiana...

Tem dias que eu durmo rápido. Mas bem antes de o Sol despontar já acordo e não consigo mais dormir. Daí me levanto e vou ler uma revista, navegar na Internet, ou até mesmo lavar a louça que deixei do dia anterior. Ainda bem que os primeiros cantos de passarinhos ao amanhecer já não me deprimem mais como antigamente.

E se acontece de eu acordar mais cedo, quando chega a tarde e a noite, já no trabalho, vem a maior soneira. Mas ao chegar em casa e me deitar na cama, o sono simplesmente some!

Acho que não é uma boa coisa usar remédios de forma continuada. Mas, de repente, vou ter de voltar à médica. E ela certamente vai me passar mais alguma receita. Com o mesmo remédio ou com outro. Não tenho saco para viver dopado. Nem talento para ser hipocondríaco. E não estou achando essa história de insônia nada legal.

7.1.09

Nosso Bom Amigo

Voltando ao assunto das resoluções para 2009, uma das conversas que tive com a gatinha esses dias foi sobre isso. E, além daqueles projetos pessoais, em relação a trabalho, compras, viagens, ela me disse que também tinha uma preocupação com algumas questões, assim, digamos, sociais (e ambientais).

Disse que, às vezes se sente até culpada por ainda não estar explicitamente envolvida com esse tipo de ação. A sua principal atenção, desde que a conheço, é com os animais. Ela tem dois gatos adotados em casa. E sempre se comove quando tem notícias de maus-tratos a algum bichinho.

Lá perto de minha casa mesmo, há um cachorro que fica preso num terreno baldio. Já está lá há meses, sem nenhum abrigo. E, na época de chuva, o bicho sofre de dar pena. Sempre levo um pouco de comida pro Bon Ami, como o chamamos, e já ligamos duas vezes pros órgãos de proteção. Mas ainda não adiantou.

Já pensamos em libertá-lo na marra, abrindo um buraco na tela de arame, mas depois pensamos o que seria dele se ficasse solto pelas ruas. É meio complicado, porque lá, pelo menos, tem alguma comida garantida, apesar de não ter um abrigo decente. O seu único "teto" é uma pequena mesa de madeira improvisada para proteger a ração, que o dono do terreno deixa por lá de vez em quando. Não sabemos quem é o cara. Já deixamos alguns recados escritos pra ele. Mas não sei se realmente se importou com o que leu. Parece que não. Então, o Bon Ami é obrigado a dormir em cima da própria comida...

Vamos tentar novamente a Sociedade Protetora dos Animais, porque, das outras vezes que ligamos, não conseguimos falar com ninguém. Se alguém se interessar por adotá-lo, a gente pode ver também como se pode dar um jeito... Seria bom começar 2009 com o Bon Ami tendo um lugar melhor para ficar, e os donos de animais tendo mais consciência da fragilidade e da importância do cuidado que esses nossos amigos merecem.

6.1.09

Stars

No fim de semana passado dei umas voltas com as minhas irmãs e uma prima pela noite da cidade. Chovia sem parar e os primeiros lugares que tentamos estavam fechados. Acabamos parando no Albano’s, onde apenas tomamos uns choppes e jogamos conversa fora...

A minha prima se chama Rachel. Ela é muito divertida e tão bonita quanto o seu nome indica. Bem mais jovem que eu, ela é estudante e ainda está em busca de seu primeiro emprego. E todo jovem sabe o quanto isso é difícil hoje. Eu mesmo fiquei 10 meses depois que me formei até conseguir um trabalho. Assim tem sido no Brasil e no Mundo. Mesmo em tempos do “espetáculo do crescimento” tão profetizado pela nosso Presidente e que, à custa de seu pífio desempenho na Economia, foi ironicamente rebatido pelo Sen. Jorge Bornhausen, ao dizer que o que se via, na verdade, era o “crescimento do espetáculo”.

O que esse trocadalho do carilho mostra é o quanto a grande mídia impõe ao público uma valorização da imagem e dos factóides sobre intrigas e arranca-rabos entre figuras públicas, em detrimento da discussão apropriada dos temas mais relevantes para o País. Dada a clássica falta de interesse e de consciência política do público, os “poderosos” da Comunicação se esbaldeiam em esvaziar os conteúdos da informação e “espetacularizar” a cobertura jornalística, hipervalorizando os dotes nada intelectuais de seus “garotos-propaganda”. Sejam eles políticos, mega-empresários, artistas ou esportistas, o importante para esses “famosos” é manter-se em evidência, mesmo que a notícia que se dê não seja exatamente para “falar bem” dos seus feitos...

Mas, enfim, o que isso tem a ver com a minha prima Rachel? O lance é que quando eu perguntei sobre quais eram os seus planos para 2009, a primeira coisa que veio à cabeça dela foi dizer que “queria ser percebida em todo lugar onde chegasse” (...) “Chegar arrasando!” como dizem as mulheres por aí... Eu e minhas irmãs rimos bastante e dissemos a ela que isso já acontece. Mas ela desdenhou, dizendo que isso só acontecia na nossa casa, com os parentes, e que “assim não contava”. Ela queria que a sua estrela brilhasse em qualquer lugar onde pisasse os pés.

Não deixo de ter uma certa empatia com ela nesse ponto. Acho que a maioria das pessoas quer ser reconhecida e valorizada. Faz parte da nossa auto-estima. Pode-se encarar isso também como pura vaidade. Sim, claro. Mas não há como negar que esse desejo, essa vontade existe... Freud, “aquele velho louco cheirador”, já explicava... E é por aí que a Mídia começa a exploração da imagem. Não vou me aprofundar muito sobre isso, porque já há outros que trataram desse assunto com muito mais propriedade, como Guy Debord, em Sociedade do Espetáculo, e Adorno, quando criou o conceito de Indústria Cultural, para citar alguns...

O meu ponto é justamente a identificação que tive com a minha prima naquele momento. Também há em mim essa vontade de reconhecimento. De valorização. E não só eu, mas como boa parte dos meus amigos também aspira esse tipo de coisa. A diferença é que não queremos que nos reconheçam apenas pela imagem. Não quero, não queremos ser bonecos que um canal de TV, um jornal, uma revista qualquer usarão por algum tempo para vender o seu produto e depois ser(mos) descartado(s) pela próxima “new face” que aparecer (E quero acreditar que a Rachel também não queira isso). A minha vontade é que me reconheçam. Mas pelo meu trabalho. Também como a Rachel, não quero ser percebido apenas no meu quintal, na minha rua, mas no Mundo... E para isso eu sei que terei de trabalhar muito! Acredito que apesar de toda a ditadura da superficialidade imposta pelos Canais de Comunicação, aqueles que se dedicam a fazer um trabalho decente e inovador, em algum momento alcançarão o justo reconhecimento pelo seu esforço. É nessa certeza que me firmo. E é com esse ímpeto que permaneço ao acordar a cada dia. É isso o que move...