12.12.08

Primeiras Impressões sobre a Capital


A minha idéia de Brasília era a de uma cidade fictícia, onde ninguém vivia. Como se fosse apenas uma cidade cenográfica onde os atores da política (e isso é um trocadilho!) poderiam ser melhor vistos. Isso. Brasília para mim era uma cidade cenográfica...

Mas obviamente isso não corresponde à realidade. Ao conhecê-la, percebi, com uma certa alegria, que há, sim, vida no Distrito Federal. Há um bom comércio, construções para todos os lados, dezenas de hotéis grandiosos, milhares de pessoas multicoloridas indo e vindo... Nada daquela imagem de homens sérios e engravatados desfilando por palácios e saguões...

Tá certo que esse aspecto ainda existe, e faz parte do cenário da cidade. Mas hoje, depois de quase 50 anos de sua inauguração, ela vai muito além disso. Há belos parques, shopping centers, museus, bons restaurantes, e aquela agitação típica de metrópole, na qual Brasília já se transformou.

É claro que, não conhecendo as cidades satélites, talvez deixei de captar o lado mais “barra pesada” do Distrito Federal. Mas acredito que não seja diferente do de outras capitais do Brasil. Nem quero dizer com isso que as cidades satélites não têm coisas (e pessoas) bacanas. Porque eu também sou do subúrbio, e sei o quanto os “ZN” são pichados e discriminados, e o quanto os digníssimos moradores da Zona Sul (no caso de Brasília, do Plano Piloto) andam equivocados em relação aos seus co-cidadãos monetariamente menos favorecidos.

Ao sair do planejado, o Distrito Federal se constituiu não em um projeto futurista e asséptico, mas em espaço real e vibrante! E aquele aspecto burocrático-fantasmagórico que a Capital Federal tinha em minha mente se desfez completamente...

Salvo as agruras climáticas que, por sorte não experimentei, já que choveu nos 3 dias em que estive por lá, parece-me ser um lugar até bastante agradável de se morar. Se houver oportunidades, acredito que não as recusarei. Brasília é bacana!

Um comentário:

Lekso disse...

Engraçado o seu superado preconceito; essa coisa de cidade asséptica, lar do concreto bruto... não é a primeira vez que ouço falar nesse tom. Uma conhecida minha viveu por lá durante algum tempo e simplesmente não suportou a cidade. Abriu mão de um emprego público muito mais rentável e pegou uma vaga em outro menor, em Belo Horizonte; isso por conta de alguma aversão ao lar do concreto bruto...