19.6.06

Long Distance Call

O que há de mistério em nossas vidas deixa-nos às vezes um pouco atordoados. Como explicar que a maioria dos nossos sonhos e desejos dê em absolutamente nada? Seria preguiça? Incompetência? Ou uma simples turvação dos sentidos que inconscientemente nos impediria de alcançarmos a vida em sua máxima condição? Como entender que por mais que a gente tente e se esforce, haja tantos desencontros, tantos mal-entendidos? Seria o destino realmente essa coisa tão miseravelmente cruel e maquiavélica, zombando de todos nós, seres humanos idiotas e volúveis?

Não, meus amigos. O homem é grande demais para ser submetido a este tipo de joguete. Ele, e somente ele, é a causa de todos os seus infortúnios. Cada um cria o seu próprio inferno. E somente aquele que o criou é capaz de libertar-se dele. Mesmo que ninguém viva isolado e que seja necessário, em muitas oportunidades, o apoio daqueles que lhe cercam, é óbvio que a superação de tudo o que lhe destrói e põe para baixo passa inicialmente pela sua própria vontade.

A vontade é o que move o Mundo. É o que me move, e o que move a todos. Mas como aceitar que quando as vontades coincidam, ainda assim as coisas não aconteçam, não se apresentem da maneira como se esperava delas? Para mim a única saída é acreditar que é impossível que haja uma relação tão direta de causa e efeito entre as ações. Acreditar que os resultados de uma ação têm efeitos tão dissipados e, ao mesmo tempo, tão poderosos ao longo do tempo, que é preciso que se tenha uma convicção mágica de que tudo, absolutamente tudo, é possível!
Um desejo que não se arrefece com os obstáculos que surgem pelo caminho é a arma fundamental daqueles que obtêm grandes conquistas.
E isso se chama fé!

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse é um dos grandes questionamentos...
Até que ponto a vontade afeta as ações e as ações se concretizam fisicamente?
Bem a intensidade da ação tem a ver com o resultado que dela advem... Entretanto o resultado raramente será como prevemos já que a própria ação é difusa e multifatorial... Então nunca se alcançará um objetivo visto que ele é apenas a interpretação de possíveis consequências da ação.

Anônimo disse...

O encadeamento das ações pode gerar possibilidades ad infinitum , embora existam reações que seriam mais ou menos "naturais" a determinadas ações. O que levou os nossos "pensadores" a desenvolver [e se iludir com] o conceito do determinismo.