14.4.07

Carta aos Amigos Ausentes

Amigos de ontem, por onde andam?

Tinha tanta coisa para contar a vocês!... Quantas coisas vi e vivi! Quanto aprendi! Quanto sofri! Quanto sorri! Quanto amei! Queria poder contar tudo a vocês. Nos mínimos detalhes!...
Mas onde estão vocês? Por que, raios, deixamos a distância nos vencer?

Ainda guardo na memória nossas conversas, nossas brincadeiras, nossas confissões (mulheres que amamos, erros imperdoáveis, traquinagens, angústias), nossas invenções e viagens... Tudo guardado no coração. Assento e base de muito do que sou hoje...

Como seria se pudéssemos estar juntos novamente? Será que me reconheceriam? Eu os reconheceria? Seremos os mesmos de ontem?
Eu, por mim, mudei tanto, mas tanto! Que não sei se teriam orgulho ou estranhamento... As coisas que me despertaram e me trouxeram até aqui teriam o mesmo impacto sobre vocês? Será que ainda curtimos as mesmas coisas? Compartilharíamos hoje os mesmos discos, os mesmos ideais?

Tantas perguntas... E essa distância e esse silêncio implacáveis!...

Agora tenho novos amigos. Tão fantásticos quanto vocês. Que me ensinam a cada minuto, como vocês me ensinaram em outros tempos... Teria o maior orgulho de apresentar uns aos outros. Mas os destinos às vezes não convergem... A estranha sabedoria cósmica...

Mas vocês ainda estão comigo em muitos momentos. E sempre estarão!: na memória, nos gestos, na fala, no coração... E mesmo que nunca mais possamos estar frente a frente, saibam que amigos os considerarei com toda a minha energia e apreço. E desejo a vocês, onde quer que estejam, que encontrem os vossos caminhos e sejam felizes.

Um abraço do eterno amigo,
Mendelson

5 comentários:

katine walmrath disse...

Os amigos, em qualquer tempo, têm esse valor inestimável, que temos que cantar em alto e bom tom.
Achei lindo lembrar dos de ontem, nestes dias em que, por mil razões, estou pensando em como são frágeis as conexões que estabelecemos com as pessoas.
Muito bom.
Abraço forte.

Anônimo disse...

Ih, agora fiquei nostálgica demais!
Beijin,

Anônimo disse...

saudades, black, imensas saudades...

Anônimo disse...

Gostaria de um amigo assim como vc...
a distância e o tempo vencem as amizades. Tenho experimentado essa volta que cita no texto (esse reencontro com amigos distantes) e mesmo que mudem as canções, o sentimento que envolve a amizade permanece, a diversidade de experiências faz até aumentar a amizade. Tenho buscado o passado para reinventar o presente.
Lindo texto!
"Anônima"

Ruy disse...

Oh Mendel, vem visitar "nois" aqui na terra dos calango, sô. Há tempos não nos falamos, desculpe ir invadindo assim seu blog. Mas o Moisés sempre nos fala ( a mim e ao Leandro) de você. Fico contente que esteja escrevendo tão bem. Apesar de não termos uma convivência mais próxima,temos amigos que nos remetem às mesmas memórias. Abraços !