Um dia Mr. Roncs decidiu que entraria para o Guiness Book, o Livro dos Recordes. Planejou tudo com 6 meses de antecedência. Convenceu uma boa amiga a servir de testemunha e filmar tudo. Pesquisou em obras técnicas, informou-se com especialistas (que evidentemente desaconselharam a infame tentativa). Adquiriu materiais diversos: vídeos, revistas e até mesmo um gel massageador refrescante. Antes de tudo, porém, absteve-se da prática manual (ou de qualquer outra relacionada) por sete torturantes semanas.
Chegado o dia D, Mr. Roncs não se abalou quando a sua boa amiga ligou avisando de um compromisso de última hora. Fez as vezes de produtor, diretor, câmera man e ator de seu próprio filme. Lembrou-se de Vincent Gallo em Buffalo 66... Entretanto, esse acúmulo de tarefas lhe custou um sacrifício enorme, pois tinha sempre de concentrar-se em pelo menos duas coisas ao mesmo tempo... Tentou relaxar cantarolando hits do Odair José. E nos ápices de excitação enchia o peito e bradava, emulando a Internacional Socialista... As mãos sempre funcionando: poucas vezes se sentiu tão hábil na vida!
...E as horas passando... Dores. Cansaço. Fome... Mr. Roncs pensou em desistir. Mas havia um recorde a ser batido... Algum tempo depois, veio o seu quinto êxtase da noite ao imaginar que, ao término da sessão, degustaria um “exótico” yakisoba do China in Box.
Por fim, ao cabo de algumas horas trancado em seu quitinete, Mr. Roncs descobriu que o equipamento de gravação não estava efetivamente gravando... Divagou por alguns minutos... E percebeu então que não iria entrar para o Livro dos Recordes. Mais que isso: não tinha conseguido nada além de ficar putamente exausto, incrivelmente esfolado e inexoravelmente deprimido.
28.1.07
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5 comentários:
E dá-lhe Dr. Roncs...rsrsrsr
Ando aprendendo com ele, like Bob Dylan..
Um forte abraço!
Moisés
Oi!
Lembrei de vc e passei por aqui!
=)
Mr. Roncs e sua frustante tentativa...
É o meu anti-herói!...
kkkkkkkkkkk
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