Quando a Páscoa chega sempre fico me perguntando que raios as pessoas esperam desse dia? Chocolates, a gente pode comprar e se empanturrar em qualquer dia! Por que esperar por esse Domingo do ano? Apenas para justificar um instinto consumista (como no Natal)?
O que as pessoas querem dizer com “Feliz Páscoa”? Algo do tipo: "Vai lá e se esbaldeie de Bacalhaoada e cerveja!"? Ou seria, "Que você ganhe um ovo de páscoa bem grandão e se entupa de serotonina e gordura saturada!"?
Não conheço ninguém que não tenha aguardado o feriado como um simples dia para descansar ou para emendar no fim de semana e “pegar uma prainha”!... Me parece que todas as datas comemorativas (incluindo as santas) perderam completamente o seu objetivo inicial. Agora servem somente para aliviar a pressão do trabalho ou da escola.
Fico intrigado, e um pouco preocupado até, porque estas datas não foram instituídas por acaso. E se elas têm um significado, um simbolismo, é porque isso seria, teoricamente, importante de ser mantido e transmitido para todos. Mas agora, tudo parece tão distante! Que sentido vemos nestas comemorações nos dias de hoje? Como distinguir a importância de um dia, de um evento, de uma figura histórica, se simplesmente adotamos todos estes dias como meros e pasteurizados “feriados”? Quem não já se pegou perguntando em alguma oportunidade: “Mas o feriado é de quê mesmo?”
Fica a impressão que é apenas uma justificativa mal-ajambrada para a oportunidade de colocar em prática a histórica e endêmica preguiça nacional. É uma pena, pois é óbvio que um povo que não conhece e reconhece a sua história (ou mesmo o seu sistema de crenças) perde muito de sua identidade.
E é justamente isso o que percebo ao meu redor. Vejo hordas de bípedes endinheirados devorando toneladas e mais toneladas de chocolate, crianças que não fazem a mínima idéia de que coelhos não fazem ovos e de que renas não voam, gente que enche o bucho de bacalhau num determinado Domingo do ano e de picanha em todos os outros, irmãos de sangue que se matam em uma simples discussão, madrastas torturando enteadas... E eu, pasmo, constato: eu não pertenço a este mundo! Eu não sou assim! Por que sou obrigado a suportar isso? Por que as pessoas querem que eu seja igual a elas? Mentindo, tramando, invejando, cobiçando, odiando, desprezando, desvirtuando, magoando... e fingindo... Fingindo que está tudo bem, que as coisas são assim mesmo, que a felicidade é isso, que tudo vai dar certo no fim (ainda que se tenha que passar por cima de um ou de outro), fingindo que não sabem que não são ninguém, que não há por onde fugir, que tudo não passa de uma grande merda de uma ilusão!
"Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do interior." Tenho 30 anos, muitos sonhos, poucas ambições e já me cansei dessa vida...
25.3.08
24.3.08
Um Século de Glória e Paixão
Parabéns ao fantástico Clube Atlético Mineiro e a todos os torcedores do Galo em Minas Gerais, no Brasil e por esse Mundão afora!
19.3.08
Eu Vi a Lenda
Eu vi a lenda.
Em seu terno prateado,
eu vi a lenda.
Empunhando a sua guitarra,
eu vi a lenda.
Atacando ferozmente o piano,
eu vi a lenda.
Eu vi a lenda e sua lendária voz
quase sumindo.
Eu vi a lenda num hercúleo esforço
para cantar.
E eu vi que todos viram o mesmo.
E vi que as pessoas reconheceram
e reverenciaram o seu esforço.
Eu vi e ouvi a lenda
cantando as suas lendárias canções.
Vi e ouvi todos cantarem juntos
a plenos pulmões.
Eu vi a lenda tocar dezenas de novas músicas.
E relegar dezenas de clássicos a ficarem ressoando
apenas na memória dos fãs.
Como se a sua história começasse ali.
Como se a lenda não fosse lenda.
Eu vi a lenda e sua lendária sisudez.
Eu vi a lenda e sua energia magnética.
Eu vi a lenda e o brilho em todos os olhares.
E os corações crepitando de entusiasmo.
E senti o Mundo pulsando em seus acordes e letras.
Eu vi a lenda e senti todos os gigantes dos séculos
tocando a mão sobre a sua cabeça
e dizendo: "Estamos contigo."
Eu vi a lenda, e vi que a lenda era mortal.
Eu vi a lenda e que ele era apenas um garoto das terras do Norte.
Eu vi a lenda e que ele era apenas mais um homem triste e solitário.
Eu vi a lenda. E a lenda se chamava Bob Dylan.
Em seu terno prateado,
eu vi a lenda.
Empunhando a sua guitarra,
eu vi a lenda.
Atacando ferozmente o piano,
eu vi a lenda.
Eu vi a lenda e sua lendária voz
quase sumindo.
Eu vi a lenda num hercúleo esforço
para cantar.
E eu vi que todos viram o mesmo.
E vi que as pessoas reconheceram
e reverenciaram o seu esforço.
Eu vi e ouvi a lenda
cantando as suas lendárias canções.
Vi e ouvi todos cantarem juntos
a plenos pulmões.
Eu vi a lenda tocar dezenas de novas músicas.
E relegar dezenas de clássicos a ficarem ressoando
apenas na memória dos fãs.
Como se a sua história começasse ali.
Como se a lenda não fosse lenda.
Eu vi a lenda e sua lendária sisudez.
Eu vi a lenda e sua energia magnética.
Eu vi a lenda e o brilho em todos os olhares.
E os corações crepitando de entusiasmo.
E senti o Mundo pulsando em seus acordes e letras.
Eu vi a lenda e senti todos os gigantes dos séculos
tocando a mão sobre a sua cabeça
e dizendo: "Estamos contigo."
Eu vi a lenda, e vi que a lenda era mortal.
Eu vi a lenda e que ele era apenas um garoto das terras do Norte.
Eu vi a lenda e que ele era apenas mais um homem triste e solitário.
Eu vi a lenda. E a lenda se chamava Bob Dylan.
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