24.8.06

Like a good wine

Depois dos recentes acontecimentos, tenho me sentido como Lou Reed naqueles idos de 70 ["A Gift"... vocês sabem, né?]. Mas não sei até quando... Parece tudo meio irreal. Surreal!...

O curioso é que há uma leveza brutal nessa onda [Talvez aquele segundo verso seja o mais sarcástico de todos: "(...)Responsability(...)"; vocês sabem, né?] O riso em mim causado ao ouvir Lou cantando isso pela primeira vez não é o mesmo que rio agora. Hoje há uma surpresa decorrente dessa empatia súbita. Talvez de uma afetação inconsciente e mal disfarçada. Ou talvez como o riso de uma criança ao descobrir uma brincadeira nova e gostosa.

Mas ainda que essa situação evolua, acho que não seria capaz de cantar estes versos com tanta seriedade e convicção como Lou Reed o fez. E, ao mesmo tempo, acho que me falta tanto!... Se Diógenes retornasse nos dias de hoje com a sua célebre lanterna, temo que seguiria sem encontrar o objeto de sua busca. Graças a Deus, a coerência não tem sido o meu forte ultimamente.

Às vezes o übermann nietzschiano me parece até mais próximo da realidade do que o próprio homem... Aliás, discordo frontalmente daquelas que dizem que é mais difícil ser do sexo oposto: a existência é pesada para todos.

Contudo, há sempre aquilo que é [O Que Será?] e que nos leva...

Baby, se um dia nos encontrarmos, presenciaremos milhares de epifanias juntos. E tudo vai ficar bem, para sempre.